Ada Rogato (São Paulo, 22 de dezembro de 1910 – São Paulo, 15 de novembro de 1986) foi uma pioneira da aviação no Brasil. Foi a primeira mulher a obter licença como pára-quedista, a primeira volovelista (piloto de planador) e a terceira a se brevetar em avião. Também se destacou por suas acrobacias aéreas e foi a primeira piloto agrícola do país. Voando em aeronaves de pequeno porte e – ao contrário de outras famosas aviadoras – sempre sozinha, sua fama nacional e internacional cresceu a partir dos anos 1950, graças à ousadia cada vez maior de suas proezas, que fizeram dela:
• a primeira piloto brasileira a atravessar os Andes, em 1950;
• a única aviadora do mundo, até 1951, a cobrir uma extensão de 51.064 km
em vôo solitário pelas três Américas, chegando até o Alasca;
• a primeira a atingir o aeroporto de La Paz, na Bolívia, o mais alto do
mundo até então (1952), com um avião de apenas 90 HP – feito inédito na história da aviação boliviana;
• o primeiro piloto, homem ou mulher, a cruzar a selva amazônica - o
temido "inferno verde" - em um pequeno avião, sem rádio, em vôo solitário (1956);
• a primeira aviadora a chegar sozinha à Terra do Fogo, no extremo sul do
nosso continente (1960).
Quando o pára-quedismo como atividade esportiva começava a ganhar seus primeiros adeptos no Brasil, a audaciosa Ada se tornou campeã da modalidade - brasileira em 1943 e paulista em 1948, ano em que também iniciou suas atividades como piloto agrícola; e aproveitou seu reide de 1950 por quatro países sul-americanos para demonstrações em pára-quedas, tornando-se assim a primeira mulher a saltar no Paraguai e no Chile.
Ada Rogato, antes do salto, no campo de Cumbica.
A demonstração da primeira paulista que se adestrou como paraquedista Ada Rogato, constituiu um acontecimento sensacional de que constou o salto com dois paraquedas, a 1500 metros de altura. O primeiro foi aberto a 1300 metros e ao chegar a 500 metros a destemida aviadora abriu um segundo paraquedas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário